Lemos em Mateus 1,16: Jacó gerou José, o esposo de maria, da qual naceu Jesus chamado Cristo.
Invés, a história de Jacó, um dos patriarcas, chamado por Deus de Israel, é contada no livro do Gênesis. São dois personagens diferentes. A História de Jacó, o Patriarca, filho de Isaac e neto de Abraão, é contada a partir de Gênesis 25.
Em relação a José, esposo de Maria, é interessante notar que Lucas (3,23) diz que ele era filho de Eli, em contraste com a informação que obtemos atrravés de Mateus.
A genealogia de Jesus
É interessante observar as duas genealogias que os evangelistas dão de Jesus, a versão de Mateus (1,1-16) e a de Lucas (3,23-37).
Um dos objetivos principais dos evangelhos e responder a pergunta "de onde" vem Jesus. E as genealogias dois dois evangelistas têm um papel importante na resposta dada por eles.
Mateus, no início do seu evangelho, apresenta uma genealogia estruturada em 3 grupos de 14 gerações, a primeira de Abraão até Davi, depois de Salomão até o Exílio e, finalmente, do Exílio até Jesus. A estrutura dessa genealogia é completamente determinada pela figura do rei Davi. A Davi, em 2Samuel 7,16, fora feita uma promessa: "O teu trono permanecerá para sempre". Para Mateus Jesus é o rei que reinará para sempre, cumprindo-se assim a promessa feita a Davi.
Lucas, invés usa a sua genealogia para intruduzir a vida pública de Cristo. E são poucos os nomes comuns entre os dois textos. Lucas, ao contrário de Mateus, não sobe, partindo do início até chegar a Jesus, mas desce, invertendo a ordem, até as origens: "Enos era filho de Set, filho de Adão, filho de Deus" (Lucas 3,38). Nesse movimento, fica evidente que Lucas quer sublinhar a origem divina de Jesus, que, no fundo, é "filho de Deus".
Diante dos dois textos dos evangelistas, não precisamos quebrar a cabeça fazendo hipóteses de onde eles tiraram os diferentes nomes, mas basta ter a consciência que para cada um dos autores não importan tanto os nomes em si, mas a estrutura simbólica na qual aparece a colocação de Jesus na história: o fato que ele faz parte da história da promessa, que inaugura um novo início, mas que também representa a continuidade do agir divino.