O texto de Apocalipse 1,20 diz: quanto ao mistério das sete estrelas que viste em minha mão direita e aos sete candelabros de ouro: as sete estrelas são os Anjos das sete Igrejas, e os sete candelabros, as sete Igrejas.

Em si trata-se de uma revelação "“ como aliás anuncia a própria palavra grega "apocalipsis"- , isto é, na segunda metade do versículo se explica o que significam as 7 estrelas e os 7 candelabros: são anjos e igrejas, respectivamente.

A teologia judaica acreditava que os anjos regiam as pessoas e as comunidades (daí vem a fé no "anjo da guarda"). Por isso o Apocalipse retém que cada igreja, cada comunidade, tem o seu anjo protetor. Na seqüência do texto (capítulos 2 a 4) cada um dos anjos de cada comunidade receberá uma carta. Elas têm a mesma estrutura: constatações sobre a situação da comunidade e promessas ou ameaças.

As sete comunidades mencionadas (Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia) são lugares históricos da Ásia, onde efetivamente havia uma comunidade cristã quando o Apocalipse foi escrito. Contudo o simbolismo que existe por trás do número 7 nos conduz a tornar universal essa mensagem: cada comunidade pode se identificar com o que é dito às 7 igrejas. A mensagem, portanto, é atual e serve para nós hoje.

Dentro do contexto é importante sublinhar que as estrelas estão na mão direita do Senhor (1,16) e o Senhor caminha entre os candelabros. Esse quadro serve para tranqüilizar os ouvintes e garantir que o Senhor está presente, tem em sua mão a situação (na mão direita, aquela que tem força!) e caminha com cada comunidade; não está longe.