Arqueólogos israelenses descobriram um templo e objetos provavelmente utilizados em práticas religiosas de idolatria há mais de 3.000 anos, anunciou o Departamento Israelense de Antiguidades.

Os vestígios foram descobertos em Tel Motza, a alguns quilômetros de Jerusalém, durante as escavações arqueológicas realizadas antes do início das obras na estrada entre Jerusalém e Tel Aviv.

"O local de culto de Tel Motza é uma descoberta surpreendente e inesperada, porque não há praticamente nenhum vestígio de locais de culto para o período do reino da Judeia", declararam os diretores das escavações em um comunicado.

Esta descoberta é uma evidência rara das práticas religiosas fora de Jerusalém durante a antiga monarquia do reino judeu da Judeia, disse à AFP Eirikh Anna, que co-dirigiu as escavações.

 

Este reino foi criado após a morte do rei Salomão, que causou um cisma entre as doze tribos de Israel, dez delas formaram o novo Reino de Israel (no norte), enquanto os de Judá e Benjamin reuniram-se em torno de Jerusalém para construir o reino de Judá.
 
Os vestígios datam do século 9 ou 10 a.C, na época do Primeiro Templo em Jerusalém. Eles sugerem que os judeus da época mantinham práticas idólatras religiosas paralelas à prática dominante do judaísmo no templo de Jerusalém, considerou Eirikh.
 
"É muito interessante ver esses objetos religiosos e este templo tão perto de Jerusalém", acrescentou, ressaltando o caráter "maciço" do altar e dos muros do templo de Tel-Motza.
 
Diversos objetos foram descobertos nas proximidades, principalmente cerâmicas, fragmentos de cálices e estatuetas de homens e animais, incluindo um cavalo.