O pão ázimo é o pão sem fermento. De fato "ázimo"vem do grego "azymos"(sem fermento) e em hebraico é "mazzah".

No imaginário coletivo esse tipo de pão é intimamente ligado com o povo judeu, com a Páscoa que eles celebram até hoje, na qual recordam a saída do Egito (veja Êxodo 12). Trata-se do pão da pureza, preparado somente com farinha de trigo e água, sem fermento nem sal, considerados ingredientes que tornam impura a oferta em alimento a Deus feita durante o período pascal.

A Páscoa dos judeus, repetindo, é o período que lembra a êxodo do Egito, a libertação da escravidão na qual vivia o povo hebreu sob o poder do Faraó. A refeição ritual da festa, além do cordeiro e ovos, prevê o uso do pão ázimo. Na Bíblia, em recordação das experiências vividas por Israel, são indicadas seja a quantidade, seja a qualidade dos ingredientes que devem ser usados para a preparação do pão ázimo. Graças à experiência do Êxodo, o pão ázimo tornou-se símbolo daqueles que fogem, alimento da memória, que se conserva por longo período.

Poderíamos alargar a abordagem analizando antropologicamente. De fato esse tipo de alimento se inclui dentro da gama de alimentos pobres, presentes em diferentes lugares pelo mundo a fora. Na Itália temos a piadina, na Grécia a maça, no Egito o hori, em Marracos o begheir, na Ìndia o chapati, na Venezuela as cachapas e no México as Tortillas.