Respondo a sua pergunta tomando em consideração 3 elementos.

O primeiro deles é um pouco banal, mas de suma importância para termos a idéia clara: o Antigo Testamento cobre um período de tempo que compreende 2000 mil anos de história. Durante este laço de tempo o modo de relacionar-se com Deus e de chamá-lo muda. O Novo Testamento, invés cobre uma época histórica que não supera 80 anos.

O segundo aspecto é ligado às línguas usadas nos dois testamentos. Sabemos que a maior parte do Antigo Testamento foi escrita em hebraico, enquanto que todo o Novo Testamento foi escrito em grego. Cada língua tem seu modo próprio de expressão. Hoje em dia, os nomes divinos variam muito dependendo que língua usamos. Não é uma informação certificada, mas pode ser que em português exista um número maior de expressões para se referir a Deus do que aquelas disponíveis em inglês, por exemplo. A língua grega adotou "Senhor" (Kyrios) para traduzir o tetragrama, YHWH, o nome divino. Os outros nomes divinos foram traduzidos simplesmente como Deus (Theos). Esses são os nomes clássidos de Deus no Novo Testamento.

O terceiro elemento, o mais importante, é um aspecto teológico. Para o Novo Testamento Jesus é Deus. De fato os nomes Jesus e Emanuel, assim como o título Cristo e Senhor indicam claramente a obra messiânica de Jesus, revelando o nome e a essência de Deus, o Pai. Depois da morte e ressurreição, a Jesus é dado o nome que está acima de todo outro nome (Filipenses 2,9) e isto significa que todas as criaturas O reconhecem como o próprio Senhor. Tal verdade é afirmada em 1Coríntios 12,3: Jesus é o Senhor. Nesta perspectiva devemos consideraram como nomes divinos todos aqueles referidos a Jesus, por exemplo: Cristo, Emanuel...