Na Bíblia não encontramos exemplos das práticas devocionais hoje em voga, sobretudo no mundo católico. Todavia o conceito de santidade e da pessoa santa é algo muito bíblico (em hebraigo qadosh e em grego hagios). Santo, segundo a Bíblia, significa o resultado da ação divina com a qual Deus santo, separa do mundo profano certas pessoas (e também lugares e povos) identificando-as com o seu modo de ser. Quem é escolhido deve responder com uma vida de santificação, que demonstra a dignidade da eleição divina.

A Bíblia ensina que a nostra santidade é desejada por Deus (1Tessalonecenses 4,3). Santo é Deus mesmo e tudo aquilo que a Ele pertence, aquilo que é separado do âmbito profano e quotidiano. É por isso que os cristãos são santos, como era santo o povo de Israel.
Portanto, para a Bíblia, santo testemunha um conceito de relação: por meio da santidade o ser humano toca com a mão a natureza do sagrado num encontro com Deus que se revela em modo visível, tangível. Diante deste aspecto sagrado a pessoa reconhece a sua falta de dignidade, o seu pecado e sua culpa.

Talvez nessa luz poderíamos interpretar as figuras santas existentes na igreja católica. Contudo, não existem bases bíblicas para julgar formas de piedade populares existentes hoje no nosso modo de viver a fé.

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