Olá Simony Moreira da Silva Teixeira de Volta Redonda / RJ!

 

Muitas perguntas chegam até o site sobre o Apocalipse, esta pergunta de forma semelhante já foi respondida, poderá ser consultada. Valerá a pena. “Quem é a besta do Apocalipse?” Pergunta de Thais, Itabera, resposta de Odalberto Domingos Casonatto, em 25/08/2011.

Desta resposta em forma mais resumida colocarei os elementos determinantes para uma interpretação sobre as duas bestas: a que emerge do mar e a outra que subiu da terra.

As duas bestas do apocalipse
A primeira besta (capitulo 13), vinda do mar, é o símbolo do caos total, é o próprio mal personificado, se pode ainda dizer que para as Igrejas da Ásia, geograficamente o mar do Ocidente, é o lugar que chegam as forças de opressão e os conquistadores Romanos. Os 10 chifres e sete cabeças. (alguns autores interpretam os 10 chifres como sendo as nações que seguem Roma e as sete cabeças representam as sete colinas da cidade de Roma e tem a mesma aparência de Satanás (descrito no capítulo 12) . Assim o Império Romano deve o poder que possui ao dragão (Satanás), lembrando a antiga serpente. Satanás entregou ao Império Romano o domínio do mundo. Em resumo o Mostro símbolo do próprio Satanás ou demônio do capítulo 12 deu a Besta o seu poder, expresso na palavra (dynanin) = dinamismo, igualmente o seu trono e a autoridade máxima (exousian megálen). A força e o poder do Império Romanos não são próprios mas eles vem de Satanás.

A segunda besta (capítulo 13), possuía dois chifres como um cordeiro, mas sua fala era do dragão, estava a serviço da primeira besta. Esta fazia com que a humanidade adorasse a primeira besta.

O texto agora apresenta o nome da besta em Ap 13,18:

 “Aqui é preciso discernimento! Quem é inteligente calcule o número da Besta, pois é um número de homem: seu número é 666." (Ap 13,18) Bíblia de Jerusalém.

Para esta segunda besta a maioria dos comentaristas interpretam o número 666 como o nome do Imperador Romano César Neron.

Concluindo: Longe de interpretações que remetem as profecias do final dos tempos, ou final do mundo, que causam medo e terror e de superstições que envolvem o número 666 e o número 13. Acreditamos que a mensagem de esperança, e de segurança que vem escondido no texto, é a que mais nos ajuda a entender os símbolos, os números e figuras assustadoras do apocalipse e possamos vivenciar hoje a mensagem do apocalipse.

Fonte de consulta:
* Richard, Pablo, Apocalipse, reconstrução da Esperança, Vozes Petropólis, 1996
* Corsini, Eugênio, O apocalipse de São João, Paulinas 1981.
* Aurelia, Comunidad de Guichon, Uruguai, El Apocalipsis: Um libro de Esperanza. 1987.