A páscoa cristã é a celebração da ressurreição de Jesus Cristo. Para entender a celebração da páscoa é necessário ter presente que a páscoa cristã tem íntima ligação com a páscoa hebraica, que é a celebração da libertação dos hebreus, quando eram escravos no Egito. O palavra hebraica para Páscoa é Pesach e significa "passar além", "ultrapassar" e deriva da narração da décima praga contada pelo livro do Êxodo 12, quando o Senhor viu o sangue do cordeiro nas portas dos hebreus e "passou além", poupando-os da morte dos primogênitos. Depois disso, Moisés diz ao povo: "Lembrai-vos deste dia, em que saístes do Egito, da casa da escravidão". Lembra também que a festa será de 7 dias, durante os quais o povo comerá pães ázimos e no sétimo dia deverá ser feita uma festa para Yahweh (Êxodo 13). A partir desse momento a festa da Páscoa é celebrada. E ela foi celebrata também por Cristo e pelos apóstolos, todos judeus.
Com o cristianismo, a páscoa ganhou, para nós, um novo significado, indicando a passagem da morte para a vida para Jesus e a passagem para um nova vida para os cristãos, liberados do pecado. Depois da morte de Cristo os cristãos, oriundos do judaísmo celebravam não mais a páscoa como saída do Egito, mas como memória da ressurreição de Cristo.
Não sabemos bem quando aconteceu essa passagem dos significados da Páscoa. De qualquer forma, quando Paulo escreve aos Coríntios, parace que isso já era celebrado:
Purificai-vos do velho fermento para serdes nova massa, já que sois sem fermento. Pois nossa Páscoa, Cristo, foi imolada. Celebremos, portanto, a festa, não com velho fermento, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com pães ázimos: na pureza e na verdade (1Coríntios 5,7-8).