Seria um grande pecado não permitir que seu filho brincasse na escola, seguindo as tradicionais festas juninas. São festas de origem pagã, que celebram a importância do sol. Elas foram cristianizadas com o passar do tempo, como aconteceu com tantas outras festas (o natal, por exemplo). Eles foram cristianizadas no contexto de recordação de personagens importantes da fé cristã, quais Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e Pedro e Paulo (29 de junho). Hoje em dia, no Brasil, poucos se recordam desses personagens e a festa virou mais do que uma celebração religiosa, uma festa popular, típica da tradição brasileira. Em Portugal é conhecida e celebrada como "festa dos santos populares".
Elemento característico dessas festas é a fogueira. Presente em tantas tradições européias, ela deriva também da celebração do solstício de verão (dia 21 começa o verão no hemisfério norte). Também esse símbolo foi cristianizado (como a árvore de natal) através de uma lenda que afirma que as duas primas, Isabel e Maria, mães respectivamente de João e Jesus, tinham feito um acordo com o qual Isabel acenderia uma fogueira quando o Batista (João) nascesse, para que Maria, também grávida, pudesse vir da Galileia até a Judeia (cerca de 200 quilômetros) a ajudar a sua prima, após o parto. Você pode conhecer mais sobre essa festa através da Wikipédia.
A festa faz parte da nossa tradição religiosa, já desde o Antigo Testamento. Os judeus até hoje celebram o purim, que é a festa de carnaval, e recorda a libertação dos hebreus graças à Ester, como é contado no livro que recebe o seu nome. A festa é celebrada com muito alegria, com máscaras e vestidos típicos.
Esse é só um exemplo que demonstra como a alegria, a festa fazem parte da nossa religiosidade e são expressão da harmonia que almejamos. Por isso, deixe tranquilamente o seu filho celebrar as festas juninas.