Evangelista é um termo, digamos, técnico que designa os escritores dos quatro evangelhos canônicos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Portanto, sob esse ponto de vista, ele não era um "evangelista". Foi, sim, um evangelizador, alguém que propagou a mensagem de Cristo, o evangelho (= boa nova). Ele levou essa mensagem sobretudo para fora de Israel, chegando até em Roma, onde foi assassinado. Roma, então, era o centro do mundo, capital do Império Romano, que ocupava também a Palestina.
Em relação ao termo "presbítero" a questão é mais ampla. Sintetizando, podemos dizer que Paulo não era um presbítero. Esse vocábulo deriva do grego (πρεσβύτερος, presbyteros) e, literalmente, significa "mais ancião". Na igreja católica o presbítero é o mesmo que padre, o segundo grau da ordem do sacerdócio.
O conceito dos 3 graus do líder da igreja (bispo, presbítero e diácono) nasceu bem cedo na igreja primitiva, podendo-se vê-lo na carta de Inácio de Antioquia à igreja de Éfeso (segundo século depois de Cristo). Também nas cartas do Novo Testamento encontramos o termo "ancião" (presbítero), que designa uma pessoa que é membro de um tipo de Conselho que guia uma comunidade. Paulo, na carta a Tito (1,5-9), fala em 'presbíteros' e 'bispos' como responsáveis da comunidade.
Outros textos que mencionam os presbíteros (anciãos) estão na Primeira Carta a Timóteo (1Timóteo 3,1-12) e na Primeira Carta de Pedro (1Pedro 5,1-4)