Há sem dúvidas evidências extra-bíblicas que falam dos apóstolos. Na maior parte dos casos são textos cristãos e por isso poderiam ser julgados como tedenciosos. É o caso, por exemplo, daquilo que escreveu Eusébio, bispo de Cesaréia, que, escrevendo a sua História Eclesiástica, no ano 325 depois de Cristo fala repetidamente dos apóstolos (veja algumas citações em inglês). De qualquer têm um grande valor histórico. Baste pensar que até mesmo o mundo muçulmano os menciona (na obra al-Tha'labi). De fato, no islamismo Jesus é considerado um grande profeta e os apóstolos têm o seu valor.

Uma das mais clássicas testemunhas é aquela dada pelo histórico Josephus, um hebreu que escreveu, patrocinado pelos romanos, a história de Israel e do seu povo ainda no primeiro século depois de Cristo. No Volume 18 do seu clássico "Antiguidades"ele diz:
Nesse tempo havia um sábio chamado Jesus e seu comportamento era bom. Era conhecido como virtuoso. Muitos entre os hebreus e de outras nações se tornaram seus discípulos. Pilatos o condenou à cruxificação e à morte. Todavia, os seus discípulos não abandonaram o seu seguimento. Eles diziam que havia aparecido a eles três dias após sua morte e que estava vivo. Diziam que era o Messias, a respeito de quem os profetas haviam falado. O grupo dos cristãos, assim chamados por sua causa, não desapareceu até hoje.

Outra questão mais complicada é descobrir qual igreja os apóstolos criaram. Com certeza é uma questão sem solução. Nós católicos pretendemos ser os herdeiros da tradição que vem dos apóstolos, mas da mesma forma e, provavelmente com razão, outras igrejas revindicam o mesmo status. As divisões nasceram logo no início do cristianismo e se multiplicam até nos nossos dias. Quase sempre os protagonistas de tais divisões pretendem defender a própria escolha como uma tentativa de se aproximar da igreja fundada por Cristo. Provavelmente não cabe a nós julgar, apenas viver de forma serena o modo de ser cristão e saber que enquanto há divisões, há erros e meias verdades e, em consequência, um ideal de união a ser perseguido.