Olá Allyne, Santo Antonio / RN
O que é Teologia da Libertação?
Teologia da Libertação se apresenta como um movimento teológico supra-denominacional, não se vincula a nenhum partido político, mas pensa em uma teologia que possa influenciar a política, interpretando os ensinamentos e o projeto de Jesus Cristo em termos de uma libertação das opressões econômicas, políticas ou sociais. A Teologia da Libertação foi entendida e descrita, pelos seus principais representantes como a reinterpretação analítica e antropológica da fé cristã, em vista dos problemas sociais existente em particular na America Latina.
Características da Teologia da Libertação
Assim, uma das características básicas da Teologia da libertação é a negação de uma esperança transcendente. Não se espera o reino de Deus na transcendência, mas sim na imanência deste mundo. Seu golpe, porém, se caracteriza pelo fato de se afirmar que a transcendência se encontra no futuro. Mas, o futuro também é imanente, pois pertence à realidade desse mundo.
Outra característica da Teologia da Libertação é considerar o pobre, não um objeto de caridade, mas sujeito de sua própria libertação.
Origem e Fundadores da Teologia da Libertação.
A origem e o desenvolvimento da Teologia da Libertação na América Latina tem base em três fatores:
1 - Situação política, econômica e social do continente: Neste contexto nasce a Teologia da Libertação
2 – A valorização do marxismo como instrumento de análise social: as ciências sociais.
3 -Mudanças no âmbito da Igreja Católica, possibilitaram o surgimento da Teologia da Libertação:
- A experiência da Ação Católica e seu método VER-JULGAR-AGIR impulsionou uma ação transformadora.
- A realização do Concílio Vaticano II
- A Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín, Colômbia
- O florescimento das Comunidades Eclesiais de Base
A Teologia da Libertação se iniciou como um movimento dentro da Igreja Católica, na América Latina nos anos 1950-1960, tornou conhecida na America Latina e discutida depois da publicação do livro mais famoso do movimento, A Teologia da Libertação em 1971 pelo padre peruano Gustavo Gutiérrez. Outros expoentes da Teologia da libertação: Leonardo Boff do Brasil, Jon Sobrino de El Salvador, e Juan Luis Segundo do Uruguai. A teologia da libertação desde os anos 90 sofreu um forte declínio, principalmente devido ao envelhecimento de suas lideranças, e a falta de participação das recentes gerações nesse movimento.
A influência da teologia da libertação diminuiu após seus autores serem condenados pela Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) em 1984 e 1986. Lembro o incidente com Leonardo Boff e o então cardeal Ratzinger. A Santa Sé condenou os principais fundamentos da teologia da libertação, com a ênfase exclusiva no pecado institucionalizado, coletivo ou sistêmico, excluindo os pecados individuais, a eliminação da transcendência religiosa, a desvalorização do magistério, e o incentivo à luta de classes.
Concluindo: Longe de dar uma resposta que seja abrangente no assunto, nos preocupamos em dar algumas indicações sobre o assunto, já que não se refere diretamente a questão bíblica embora na hermenêutica se possam usar as indicações da teologia da libertação.