Nesse texto Jesus conta uma parábola em que um homem, proprietário de uma vinha, tinha dois filhos. Pediu a eles que fossem trabalhar na vinha. O primeiro disse que não iria, mas, arrependido, acabou indo. O segundo respondeu que iria, mas acabou não indo. Então Jesus interroga os ouvintes: "Qual dos dois realizou a vontade do pai?" Responderam que foi o primeiro. Jesus então lhes ensina:
"Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precederão no Reino de Deus. Pois João veio a vós, num caminho de jsutiça, e não crestes nele. Os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, vendo isso nem sequer tivestes remorso para crer nele." (Mateus 21,31-32).
Essa parábola é uma resposta de Jesus aos seus interlocutores que, no Templo, perguntavam a ele com que autoridade ensinava e fazia os milagres.
O primeiro elemento que aparece na parábola é a vinha, que se refere ao Povo de Israel (veja Isaías 5,1-7). Depois há também a resposta negativa e positiva, que denota a liberdade dos dois filhos em responder ao convite do pai, sendo símbolo da resposta de fé ou falta de fé à Palavra de Deus que cada um de nós dá.
Em seguida encontramos a sentença de Jesus que diz aos seus interlocutores (chefes dos sacerdotes e anciãos do povo - Mateus 21,23) que as prostitutas e publicanos lhes precederão no Reino. É um juízo muito forte, pois essas duas categorias de pecadores tinham a própria conversão tidas como impossível, pelo judaísmo. De um lado Jesus sublinha quão grande é a misericórida divina, pois esses dois grupos, mesmo tendo oposto resistência à vontade de Deus em um primeiro momento, acolhendo-a (acreditaram em João Batista), se salvam. Os chefes do povo, invés, aceitaram deliberadamente fazer a vontade divina, mas, na verdade, não a realizaram, pois se perderam na prática de coisas segundárias, esquecendo os mandamentos essenciais (Veja Mateus 15,1-9).