A morte dos primogênitos é mencionada por Mateus 2,13-18:
Eis que o anjo do Senhor manifestou-se em sonoho a José e lhe disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito. Fica lá até que eu te avise, porque Herodes procurará o menino para matar" (...)
Então Herodes, percebendo que fora enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou matar, em Belém e e em todo seu território, todos os meninos de dois anos para baixo.
Mateus claramente menciona Herodes. Trata-se de Herodes o Grande, que foi o governador, em nome dos Romanos, de toda a Palestina, de 37 antes de Cristo até 4 antes de Cristo (Cristo teria nascido por volta do ano 4 antes da data convencional). Há uma pequena confusão em torno do nome de Herodes, pois conhecemos também outro Herodes, conhecido como Herodes Antipas, filho de Herodes o Grande, que governou a Galileia depois da morte do pai.
Portanto quem matou os inocentes foi o próprio Herodes o Grande e não um dos seus filhos. Herodes o Grande foi um rei muito esperto e, ao mesmo tempo, muito cruel com os inimigos: chegou a matar a própria esposa e 3 filhos. Manteve o poder graças à violência e às inúmeras obras que construiu. Quando morreu, no seu testamento, deixou o próprio reino divido entre 3 filhos: Arquelau, Herodes Antipas e Felipe: Arquelau seria rei da Judeia, Samaria e Idumeia; Antipas da Galileia e da Pereia; Felipe da parte norte, na Transjordânia.