Trata-se, na verdade, de uma carta, que Paulo teria escrito a Tito, um seu fiel discípulo (Atos dos Apóstolos 16,14 e 2Coríntios 2,13). Pode ser, na verdade, que o autor da carta não tenha sido Paulo, mas alguém que usou o seu nome. De fato, o estilo é muito diferente das outras cartas escritas pelo apóstolo.
É uma carta muito pequena, com apenas 3 capítulos; pouco mais de 2 páginas em nossas bíblias. Por isso, um resumo é quase supérfluo, pois a podemos ler o texto rapidamente (veja aqui).
Essa carta, pelos exegetas, é chamada de Carta Pastoral (junto com aquela sdirigidas a Timóteo). Esse nome é devido à sua natureza: tratam-se de cartas que contêm diretivas para a organização e conduta das comunidades. Na carta a Tito se dá atenção especial ao papel dos presbíteros, que são apresentados no mesmo nível dos bispos, indicando as qualidades necessárias para ocupar tal posição. Há também uma reflexão sobre os falsos mestres e se apresenta a necessidade de controlá-los. Descreve-se ainda os deveres dos cristãos.
Do ponto de vista teológico, é importante sublinhar o trecho dedicado à encarnação de Jesus, que é vista como um instrumento para a nossa salvação, na qual transparece a misericórdia divina.
A epístola se conclui com recomendações do autor a Tito e uma saudação.