Normalmente se diz que a Igreja é a esposa de Cristo. Tal imagem simbólica foi desenvolvida a partir de Paulo. É uma metáfora que descreve o mistério de Cristo como inseparável da Igreja, que precisa ser fiel a Cristo, que para ela dá a si mesmo.
O tema da Aliança Nupcial recorre já no Antigo Testamento, onde os profetas descreviam a relação de Deus com o seu povo eleito como uma aliança matrimonial (veja Oseias 1-3; Isaías 54 e 62; Geremias 2 e 3; Ezequiel 16 e 23; Malaquias 2, 13-17; Rute, Tobias, Cântico dos Cânticos). Paulo simplesmente segue a mesma linha, sublinhando a fidelidade de Cristo (2Timóteo 2,13).
A imagem de Cristo como esposo começa a aparecer já nas parábolas (Mateus 22; 25 Lucas 12). É por isso que Paulo recorre ao matrimônio para ilustrar a relação entre Cristo e a comunidade cristã.
A respeito desse tema, a passagem mais citada é Efésios 5,21-33, onde o apóstolo dá aos esposos conselhos de recíproca submissão, indicando o exemplo do amor que Cristo tem pela sua Igreja e vice-versa. O mistério que a família vive na sua casa é o mesmo vivido na realidade eclesial.