Primeiro de tudo é uma questão de fé. Para nós cristãos essa verdade é um ponto fundamental. Outras religiões podem até admirar Jesus, seja como profeta, seja como um grande amigo da humanidade, mas não acreditam na sua divinidade e, portanto, não o consideram no mesmo nível dos cristãos.
Obviamente, sendo pessoas, buscamos sempre apoiar nossa fé em evidências. Isso é um limite, mas é compreensível. É normal que a fé procure entender aquilo que crê. Daí nasce a teologia, a reflexão sobre Deus, sobre o divino e a nossa relação com ele.
Nos evangelhos, Jesus se refere a si mesmo como "figlio de Deus". Em Mateus 11,27 Jesus diz:
Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Existem ainda várias passagens em que os evangelistas chamam Jesus de "filho de Deus": 13 em mateus, 6 em Marcos, 8 em Lucas e 33 em João. Nas cartas de Paulo, o título aparece 17 vezes!
Esse título tem força principalmente no Evangelho de Marcos, cujo tema central é a demonstração que Jesus é o Filho de Deus. Passagem emblemática é aquela em que o centurião romano, um pagão, diante da cruz, de Jesus crucificado, afirma em Marcos 15,39: "verdadeiramente este homem era filho de Deus".