A idolatria, na Bíblia, é um pecado muito grande. Em síntese, significa trocar o próprio Deus por um outro, afastar-se da própria fé, traindo a aliança.
Muitas igrejas evangélicas retém que os católicos, principalmente por causa do culto aos santos, praticam a idolatria. Trata-se de uma acusa forte. A argumentação é que existe uma odoração aos santos, que são considerados deuses que substituem o papel do Pai Eterno.
Você pergunta como conversar sobre isso. Acredito que o diálogo já existe: os católicos, graças às críticas dos evangélicos, tomam consciência de eventuais exageros e têm buscado se fundamentar teologicamente. É óbvio que há ainda pessoas que exageram, que não distinguem entre adoração e veneração e, portanto, há uma estrada a ser trilhada. Por outro lado, também os evangélicos precisam escutar a voz dos católicos, entender o sentido da piedade popular, ouvir o sentimento de fé do povo. A conversa supõe sempre o ouvir e o falar; não é nunca feita em um único sentido. Muitas vezes os evangélicos pecam nesse ponto, querendo simplesmente dizer o que pensam, sem abertura ao ouvir.
Acredito que você seja evangélico. Já é uma coisa excelente o fato que você possa estabelecer um diálogo com os católicos. A primeira coisa a fazer e não querer se impor. Se você faz isso pode encontrar uma barreira que exclui o diálogo. Escute o que o outro tem a lhe dizer e descubra, com calma, o espaço para expor também o seu pensamento. Seja aberto a valorizar também o pensamento do outro, as ideias que ele tem. Todos buscamos a Verdade, que é Cristo. Ninguém a possui como um proprietário. Ela nos é dada; não é nossa. Estamos todos em busca dEla, seja católicos que evangélicos.