A Bíblia sublinha de forma clara que o justo terá uma vida longa, enquanto que o ímpio não chegará à velhice. Uma passagem clássica, nesse sentido, é Habacuc 2,4:
Eis que quem não é reto morre, enquanto que o justo viverá pela fé.
A expressão mais clássica desse pensamento está nos personagens com idades avançadas, na Bíblia. Até o dilúvio, os personagens bíblicos viviam muitos anos, pois eram "próximos" de Deus (Matusalém teria vivido 969 anos).
Na verdade, é ilusão pensar que alguém tenha vivido tanto tempo assim. A informação bíblica é um recurso literário, usado para mostrar como à medida que o ser humano se afasta de Deus, à medida que comete pecado, a sua vida se torna mais breve, menos marcada.
Em várias passagens, o texto sagrado sublinha que a longevidade é um dom de Deus, que ele dá a quem vive de acordo com a sua vontade (Jó 36,11; Provérbios 3,2; 16,1). A vida longa é ligada com a observância dos mandamentos do Senhor. Por isso se alguém obedece a Deus conserva as energias fisícas (Deuteronômio 34,7; Josué 14,10; Salmos 92,15) enquanto quem o desobece é punido antes que alcance a velhice (1Samuel 2,31.32).
Todavia, essa teologia é muito discutida mesmo dentro dos textos sagrados. Tal reflexão é latente no livro de Jó. De fato encontramos em Jó 21, 7 esse texto: Por que os ímpios continuam a viver, e ao envelhecer se tornam ainda mais ricos?