É uma figura monstruosa citada 5 vezes no Antigo Testamento:

  • Jó 3,8: Amaldiçoem-na aqueles que sabem amaldiçoar o dia e sabem excitar o monstro marinho.
  • Jó 41,1: PODERÁS tirar com anzol o leviatã, ou ligarás a sua língua com uma corda?
  • Salmos 74,14: Fizeste em pedaços as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto.
  • Salmos 104,26: Ali andam os navios; e o leviatã que formaste para nele folgar.
  • Isaías 27,1: NAQUELE dia o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o leviatã, serpente veloz, e o leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão, que está no mar.

No Novo Testamento esse "monstro" não aparece.

É um termo hebraico, cujo sentido não é muito claro. A partir dos textos citados, fica claro que é um grande animal do mar, usado em sentido metafórico como sendo uma nações potentes (Egito em Salmos 74 e Assíria e Babilônia em Isaías 27).

Algumas versões, às vezes, usam outros termos para traducir esse monstro. Por exemplo, a Almeida Revista e Atualizada, em Jó 3 traduz como "monstro marinho" e em Jó 41 traduz como "crocodilo" e em Isaías 27 como "dragão". De fato, na descrição de Jó parece ser um crocodilo.

Esse simples confronto com a Almeida já mostra quanto difícil é entender o que é essa criatura.

É provável que se trate de uma figura mitológica da Babilônia (Tiamat) ou até mesmo do Egito (crocodilo). É um monstro marinho, que provoca surpresa e medo. Faz parte até mesmo da literatura moderna (romance "Moby Dick" de Melville). No hebraico moderno, o termo "livyatan" significa simplesmente "baleia".

 

Interpretação do Hebraismo

Na hebraismo existe uma tradição interessante. No Talmud se diz que a pele desse monstro será usada como tapete nas tendas da Festa das Cabanas (Sukkah do Leviatã). E o Midrash sublinha que "os justos comerão a sua carne" na era messiânica. De fato, os textos bíblicos afirmam que mesmo sendo um monstro misterioros, é sempre criatura de Deus e está sob o seu domínio.