Tudo o que sabemos de Balaão é narrado em Números, principalmente em Números 22 - 24. Sabemos que era filho de Beor e que residia na cidade de Petor, junto ao Rio Eufrates (Números 22,5). Era o período do Êxodo, no período em que os hebreus haviam deixado o Egito em direção à Terra Prometida. Balaão foi consultado pel Rei Moab sobre quem era esse povo que marchava pelo deserto. Graças à intervenção de Yahweh, que se serve também de uma jumenta, Balaão "abre os olhos" e diante do rei de Moab afirma o poder de Yahweh e sublinha como Ele abençou a Israel.

Balaão é um caso particular de profeta, porque vive em um país estrangeiro e, em si, não crê em Iahweh. É ao mesmo tempo alguém que pratica ações mágicas, um advinho, quase um falso profeta. Mas Deus se serve dele para abençoar a seu povo.

Provavelmente, na Bíblia temos duas tradições. De um lado ele é bem visto, um verdadeiro profeta e de outro é visto como um inimigo, que foi obrigado, graças à força de Yahweh, a abençoar Israel (veja Deuteronômio 23,5-6). Esta tradição será retomada também no Novo Testamento (2Pedro 2,15; Judas 1,11; Apocalipse 2,14).

Nada sabemos sobre a idade de Balaão. Apenas se sabe que ele foi assassinado pelos hebreus, conforme conta Josué 13,22:

Também os filhos de Israel mataram à espada a Balaão, filho de Beor, o adivinho, com os outros que por eles foram mortos.