Nenhuma evidência disso aparece nos Evangelhos. No Evangelho de Lucas (8,2-3) ela aparece como uma das pessoas que, como os apóstolos, acompanhavam Jesus na sua pregação. Lucas sublinha que dela haviam saído 7 demônios.

A tradição diz que ela era uma das 3 marias que estavam presentes na cruxificação de Cristo, como afirma João em 19,25. Foi também a mulher que, de madrugada, foi ao sepulcro de Cristo e o encontrou vazio. Voltou e foi anunciar aos discípulos: "Vi o Senhor" (20,18).

 

Confusão por causa de apócrifos

Há certos livros gnósticos que acenam a gestos de íntima proximidade entre Maria e Jesus. Entre esses livros se encontram o Evangelho de Felipe, onde ela é chamada de "esposa (companheira)" de Jesus. A divulgação na imprensa sensassionalista desse texto e o uso em livros pseudo históricos como aqueles de Dan Brown, provocaram especulações sem fundamento e privadas de seriedade científica. Primeiro de tudo precisa ter presente a natureza de escritos apócrifos, obra de seitas que se afastaram da ortodoxia, escritas, às vezes, vários séculos depois da vida de Cristo. Além disso é necessário prestar atenção no termo usado, que em grego é koinonos. Esse termo além de significar esposa, significa também "companheira" e pode muito bem sublinhar aquilo que também dizem os evangelhos canônicos, isto é, que se trata de uma pessoa importante, muito próxima a Cristo e à sua mãe.