O poder de Deus não consiste em nos ter prisioneiros, dependentes da sua onipotência, mas em nos criar e nos deixar livres, capazes de seguirmos nossa própria estrada. Não somos fantoches nas mãos de Deus, bonecos manipulados, mas criados com amor, que supõe liberdade dada pelo criador à sua criatura. O pecado nasce dentro dessa liberdade. Não fomos criados para o pecado, mas para abraçar a vontade de Deus. De fato, como disse Santo Agostinho, nosso coração não repousa tranquilo enquanto não encontra Deus. Apesar disso muitos vivem inquietos, em busca de Deus, pois trilham caminhos alheios à vontade divina.
O pecado nasce como decisão pessoal da criatura e não é a vontade de Deus. Deus não quer que pecamos, mas não impõe barreiras que nos impedem de pecar. Cabe a cada indivíduo a decisão de viver conforme Deus ou escolher outro modo de agir.
Um cientista pode tranquilamente criar robôs que seguem ações programadas. Mas em tal caso podemos dizer que esses robôs são seres viventes? Abreviando a reflexão, se fôssemos criados sem a possibilidade de pecar seríamos como robôs.