Todos nós somos chamados para uma missão, alguns de forma mais radical e outros do próprio mundo, no quotidiana da própria vida. É importante responder seja a um que a ao outro chamado. Muitas vezes é muito mais difícil ser um bom discípulo na vida normal que naquela extraordinária, como padre, religioso|a ou pastor, pois as pessoas que se dedicam de forma radical ao seguimento têm mais instrumentos à disposição para servir a Deus de forma mais evidente.
Entrando no seu caso, ser diácono é algo muito importante. Não conheço o contexto em que você vive. Os católicos têm os diáconos permanentes, pessoas casadas que escolhem servir à Palavra e dedicar-se ao serviço pastoral de forma mais intensa. Se for esse o seu caso, da minha experiência, primeiro de tudo essa necessidade nasce da própria comunidade, que chama pessoas para servirem de guia. Normalmente há uma necessidade que se concilia com a caminhada da igreja local. Esse aspecto é algo muito importante. E se o convite lhe foi feito, quer dizer que alguém viu em você um dom particular. E também é verdade que a vontade só nasce onde existe possibilidade. Cabe a cada um desenvolvê-la, colocando-se nas mãos de Deus, com confiança.
O normal é pensarmos que não somos capazes, como aconteceu com tantos personagens emblemáticos da Bíblia: Moisés, Jeremias, Jonas... Todavia cada um tem o seu próprio dom e precisa colocá-lo à disposição da comunidade.
É importante confrontar a própria vontade de seguir uma vocação específica com a vida da comunidade. Um padre ou religioso\a, por exemplo, não se tornam tal simplesmente graças à própria vontade, que sem dúvida tem um peso importante. É o "juízo" da comunidade (formadores, líderanças, etc) que ajuda a escolher e definir uma vocação radical, como aquela do diácono. Se a comunidade julga uma pessoa idônea, quer dizer que terá capacidade para seguir tal estrada. Sem o crivo da comunidade, muitas vezes pode ser apenas a expressão de uma vontade pessoal, positiva em si, mas não suficiente.
Ser diácono ou qualquer outra forma de liderança deve coincidir com um período de preparação mais ou menos longo. Começar essa estrada não significa necessariamente definir o próprio sim. Uma sugestão, portanto, seria começar o período de formação e tomá-lo como período de ulterior discernimento.
O fundamental, do meu ponto de vista, é abraçar a própria escolha, com todo o coração, pondo a confiança em Deus.