O culto a Maria é algo muito enraizado na tradição cristã e privar o cristianismo dele é praticamente tirar algo que o identifica. É claro que expressões exageradas desse culto resultaram em outro tanto exageradas posições de certos grupos de cristãos, que ignoram drasticamente todo o percurso histórico e teológico realizada pela vida da Igreja e excludem das próprias práticas todo sinal de devoção a ela. Do meu ponto de vista, são dois extremos que precisam ser evitados.
Você tem razão quando diz que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Por outro lado, os cristãos que veneram a mãe de Deus também sublinham isso e, portanto, nos dois grupos não existem contradição de pensamento. O culto a Maria não é um fim em si mesmo, mas tende a mostrar Cristo, trazido no ventre de Maria.
O papel de Maria na obra salvífica de Deus é de suma importância e não podemos negá-lo. Por outro lado ela não é Deus. Portanto, os radicais católicos precisam crescer na própria compreensão da fé e de suas práticas religiosas e os pentecostais precisam reconhecer o papel de Maria na história do cristianismo, na história da encarnação de Cristo. Como ela colaborou para Cristo vir ao mundo, pode nos ajudar a encontrá-Lo.