Há dois textos no Novo Testamento que parecem indicar que homens e mulheres foram nomeados diáconos na igreja primitiva. O primeiro é na Carta aos Romanos, que diz:
“Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que é diaconisa na igreja de Cencréia”. Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem sido protetora de muitos, de mim inclusive”. (16,1-2).
A ela, Paulo confiou a carta que deveria ser levada a Roma; uma grande responsabilidade. Paulo a elogia de três maneiras diferentes: como uma irmã em Cristo, como uma diaconisa e como ajudante de muitos, incluindo ele próprio.
E o segundo está na Primeira Carta a Timóteo, que diz o seguinte:
“Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo” (3,8-11).
Em relação ao segundo texto há controvérsias no que concerne à tradução da palavra (Gunai/kaj). Em grego esta palavra significa “mulheres”, mas a maioria dos textos traduzem por “esposas”.
Provas mais concretas sobre a presença de diaconisas na Igreja primitiva se encontram em documentos do segundo e terceiro século onde diaconisas aparecem servindo na área do discipulado, visitas, ajudando com o batismo, etc. E duas diaconisas foram mencionadas como mártires cristãs no principio do segundo século pelo governador de Bitinia, Plinio, o jovem.
Na minha opinião, a mulher não só pode como deve trabalhar na igreja em prol dos irmãos e irmãs. Não podemos esquecer que Maria Madalena, segundo os Evangelhos, foi a primeira mulher que anunciou a Ressurreição de Jesus. (Mt 28,7; Mc 16,7; Lc 24,9-10; Jo 20,18).