Depois do segundo canto do Servo, Isaías 49 (a partir do versículo 8) fala da alegria do retorno do Exílio em Babilônia. Isaías conta como Iahweh consola seu povo, depois dos anos de sofrimento de exílio em terra estrangeira, e o traz de volta para a sua terra, especialmente para Sião, que é sinônimo da cidade de Jerusalém. No versículo 14 Isaías sublinha uma frase que ele coloca na boca de Sião, como se a cidade de Jerusalém falasse:
Sião dizia: Iahweh me abandonou; o Senhor se esquecue de mim."
A essa aflição, o profeta faz uma comparação (versículo 15), que é como uma defesa da posição do Senhor: como uma mãe não pode esquecer de um seu recém nascido, assim também o Senhor não esquece a sua cidade e, para sublinhar essa aproximação de Yahweh com a cidade santa de Jerusalém, Isaías põe na boca do Senhor a frase que você colocou na pergunta:
Eis que te gravei nas palmas da mão, teus muros estão continuamente diante de mim.
Isso quer dizer que Iahweh não se esqueceu do seu povo, não esqueceu da cidade santa Jerusalém, mas o seu povo escolhido, representado pela cidade de Jerusalém, está gravado na sua mão, está diante dos seus olhos: é uma questão central para Yahweh.
A lição que podemos tirar é que Deus não abandona nunca seu povo, mesmo se ele é pecador!