Olá Caio de São Paulo / SP!!

Sua pergunta é sugestiva, pois a primeira vista, o nosso pensamento entende que a cerimônia das três horas da tarde, da morte de Jesus, seja importante. As Igrejas ficam superlotadas de povo e a omissão em participar desta cerimônia seria um pecado. O mesmo acontece com a procissão com o Cristo morto. Tudo isto faz sentido para nós brasileiros, pois nos identificamos mais com os sofrimentos de Jesus e sua morte, do que a alegria da ressurreição. Vivemos em uma situação de trabalho duro. O Cristo crucificado e sofredor está, mais perto de nós.

Mas a verdade é outra, e toda a preparação quaresmal nos leva para o dia da ressurreição o dia de Páscoa. Este é o momento mais importante e participativo dos cristãos.

Falando da sexta feira Santa:

Na sexta-feira santa, os sinos não tocam e além disso, nesse dia não celebramos a santa missa. A sexta feira Santa é um dia de luto integral e não de festa, portanto não é um dia santo de guarda, isto em termos obrigação de irmos a Igreja para a celebração da missa já que neste dia vamos ter apenas a celebração da morte de Jesus e algumas Igrejas a Via Sacra ou mesmo é feita a procissão com o Cristo morto. Neste dia somos convidados a fazer jejum e comer carne de peixe, e sendo obrigatório o jejum a todas as pessoas maiores de vinte e menores de sessenta anos. Chama-se esse dia, liturgicamente, parasceve (para os católicos, a sexta-feira santa. Para os judeus, a sexta-feira, dia que se preparavam para celebrar o sábado), isto é, preparação, nome que lhe vem dos preparativos que faziam os judeus, nesse dia, para a Páscoa.

Concluindo:

Na sexta feira as orientações da Igreja não são de obrigatoriedade. Ir a Igreja ou abster-se de carne (A CNBB sugere outras formas de penitência) e jejuar. Mas somos convidados a participar destes acontecimentos como forma e preparação para o grande acontecimento do dia seguinte que é a Páscoa.

Imagem da Procissão do Cristo morto na sexta feira santa em Natal /RN