Coloco aqui a pergunta completa do Sr. Carlos:
Envio o presente para esclarecer melhor sobre um assunto o qual, minha esposa que é TJ batizada me respondeu, há muito tempo atrás, de formas que me deixou com dúvidas (não soube esclarecer completamente), talvez porque eu não pertença à sua crença, embora respeitador e seguidor das Leis de Deus Jeovah ,pois estudei muito a palavra Dele através de colégios da Igreja Católica durante boa parte de minha infância, independente que há muitos anos não frequento mais nenhuma religião.
Somos casados há mais de 25 anos, temos 2 filhas às quais uma já está na Faculdade outra vai as reuniões com minha esposa, temos casa própria, carro com o qual sempre as levo no Salão do Reino, nos Congressos, etc., sou Contador e Consultor de empresas, tenho 52 anos e me dou muitíssimo bem com todas as pessoas de V. Religião, eis que sempre fui e continuo sendo simpatizante de V. crença.
Feitos tais esclarecimentos que acho importante para que vocês me retornem seus entendimentos APENAS para minha ampla compreensão sobre o seguinte assunto, SOLICITO que, inclusive, se existirem passagens bíblicas pertinentes, assim indiquem.
Como tal questão se fez novamente presente, pois fui convidado para uma cerimônia religiosa (numa Igreja Católica) do filho de meu principal cliente para os quais trabalho há quase 20 anos e o convite é para: Carlos e Esposa, gostaria de saber se as TJ’s (no caso minha esposa) são proibidos ou então são recomendados que evitem tal evento pelo fato de que é numa Igreja Católica em que pese que seria apenas, para assistir a cerimônia do casamento.
Me ocorreu de, primeiro, esclarecer diretamente com quem realmente pode elucidar de uma forma serena, pois discutir temas religiosos na minha casa é muito difícil e até conturbado. Para que novamente não fique mal entendidos, peço a gentileza de seus esclarecimentos, inclusive para repassar a minha esposa, percebem agora o motivo ?
Primeiro de tudo é importante que fique claro que não somos membros da Igreja Testemunhas de Jeová. E depois, sublinhamos que na Bíblia não vamos encontrar uma indicação exata para o comportamento nesses casos. As comunidades existentes no tempo da Bíblia eram de judeus e eram nelas que participavam tanto os apóstolos quanto até mesmo Jesus. Eles iam à sinagoga! Só depois da morte de Cristo, os discípulos começaram a criar identidade e se reuniam entre eles, mas muitas vezes o ponto de partida era ainda a sinagoga, como por exemplo no caso de Paulo, que chegando em uma cidade começava pregar Jesus a partir do lugar de culto dos judeus.
Em relação ao caso concreto do matrimônio, não vejo nenhum problema na participação da celebração, pois, do ponto de vista católica, os "celebrantes" do matrimônio (reconhecido como sacramento) são os próprios esposos, que diante do padre ou outro ministro exprimem o consenso a viver juntos o resto de suas vidas, criando assim um víncolo até a morte.
É claro que estamos falando de participação e não de comunhão. A comunhão supõe amizade, caminhada juntos, unidade de visão teológica. E isso nem sempre existe entre católicos e Testemunhas de Jeová. Portanto, se a celebração compreende formas de participação ativa, como leituras ou até mesmo o sacramento da eucaristia, quem não é católico não deve ser protagonista. Seria aconselhável uma participação discreta. Mas não há nenhum problema, pois todos ali estão para dar apoio e pedir a Deus que o "sim" dito pelos esposos seja abençoado por Deus.