Olá Sergio Souza, de Brasília / DF!

Olhando o texto sagrado não encontramos nenhum versículo que fala em proibição da pratica da cremação dos mortos.

O que encontramos no texto sagrado são citações ou textos que falem em sepultamento. A pratica da cremação não existia entre o povo de Deus, muito comum e encontrado na pratica dos povos orientais, que queimam os cadáveres em fogueiras e jogam as cinzas no rio.

Cremação uma pratica comum nas grandes cidades!

As grandes cidades se defrontam com a questão do espaço nos cemitérios para o sepultamento tradicional, em covas cavadas na terra ou sepulcros especialmenten preparados. Devido a isto cada vez mais a pratica da cremação começa a tomar corpo. Se não avançou tanto é devido ainda o alto preço, neste tipo de sepultamento, custando tanto que as famílias preferem ainda as antigas praticas de sepultamento.

Bom número de Pastores e Padres não tem coragem de enfrentar esta questão da cremação que está avançando em nossa sociedade, preferindo se omitir ou silenciar quando vem a tona este tema.

O sepultamento como obra de misericórdia.

Desde o Antigo Testamento, encontramos a prática do sepultamento entre o povo de Deus. Sabemos que a cremação é de origem pagã, sendo prática comum nos países orientais e que não acreditam na ressurreição. Estas religiões acreditam na libertação da alma pelo fogo. Isto é totalmente contraditório a Bíblia. Conforme escreve o Apóstolo Paulo :

"Não sabei vós que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós é santo" (1 Cor 3,16-17).

A Bíblia fala de um rei que foi queimado, e que mesmo sendo este pagão, Deus se mostrou irado com tal prática (Amós 2,1). Por causa desta atitude de Moabe, quando o rei de Edon foi queimado até virar cinzas (cremação), Deus disse que traria um castigo. Deus nos mostra com isto que reprova e até abomina a cremação.

A cremação e a pratica da Igreja católica.

Na sua etimologia cremar ou incinerar se traduz por reduzir às cinzas. Os católicos lembram anualmente no início da Quaresma que viemos do pó e ao pó voltaremos. As cinzas, como sinal visível do que no mundo passa, contribuem com a reflexão sobre a nossa transitoriedade e caducidade.

O que o Código de Direito Canônico de 1963 nos diz:

Em 1963 foi levantada a proibição que se mantinha a respeito da cremação. Apenas permaneceu uma ressalva na cerimônia da cremação: Se pede que a aceitação da cremação não seja por fins materialistas, nem utilitaristas e que por nenhum motivo seja omitida a celebração ritual do que comumente conhecemos como a encomendação do corpo ou liturgia das exéquias (CDC. can. 1176, 3).

O Catecismo da Igreja Católica diz:

Não existe impedimento para a cremação dos mortos sempre e quando o corpo humano não seja nem manipulado, nem muito menos aproveitado por nenhum outro motivo diverso daquele da condução final das cinzas, de modo reverente e respeitoso, a um local apropriado. Não é recomendado, espalhar as cinzas no mar, no jardim ou serem depositadas num lugar da casa onde moram os familiares do defunto (CIC 2301). A Igreja mantém a sua firme voz quanto ao respeito e a dignidade da pessoa, mesmo após a morte corporal.

Concluindo:

O respeito pelos mortos e seu digno sepultamento é algo que a própria natureza humana coloca na capacidade de compreensão do ser humano. A palavra de Deus nos ensina que cumprindo a obrigação humana de sepultar os mortos com dignidade estamos praticando uma das obras de misericórdia. O sepultamento de um filho de Deus deve ser digno e partilhemos uma boa palavra com aqueles que pela dor não conseguem muitas vezes entender a separação; tanto aos corpos que serão sepultados nos cemitérios como aqueles que serão cremados.

Imagem de um crematório

 

 

Imagem: Momento da cremação


 

Imagem: Cinzas depois da cremação do cadáver