É um dos temas mais comuns aqui no site. Nossas respostas provocam muito debate. Obviamente existem leitores que têm como convicção a observância do sábado, enquanto que a maioria dos cristãos não a observa. Cada um, querendo defender a própria ideia, deixa o seu ponto de vista. De um lado, em conformidade com os ensinamentos do Antigo Testamento e com a prática dos judeus, alguns dizem que é essencial repousar no sábado, recordando o repouso de Deus no sétimo dia da criação, como contado no livro do Gênesis e depois passado como preceito através dos Ensinamentos (mandamentos). A maioria dos cristãos, invés, assumiu a prática do repouso no Dia do Senhor (Domingo), recordando o costume já presente na igreja primitiva de honrar o domingo como dia da ressurreição de Cristo, dia de encontro da comunidade cristã.
Não vou repetir os conceitos já sublinhados em outras respostas (veja especialmente essa resposta), mas, de maneira subjetiva, digo que não vejo razões para abdicar da prática comum, milenar, da observância do domingo como Dia do Senhor, recordando tanto a criação quanto a vida nova dada através de Cristo. Penso que muitos cristãos têm perdido o sentido que era contido na prática do repouso sabático, que Jesus seguia e que os primeiros cristãos mudaram para o domingo. Isso precisa ser restabelecido, mas sem a necessidade de voltar ao sábado.
Na nossa sociedade marcada pela pressa, pela velocidade, pela correria, é importante parar, pensar que não somos os padrões, mas que tudo o que temos nos foi dado, criado. É necessário contemplar a obra de Deus, seja a criação que a encarnação do seu filho. E o domingo deve ser tempo para essa contemplação.
Se você observa o sábado, como cristão, é importante incluir também a recordação da obra salvífica realizada através de Cristo e não permanecer simplesmente no repouso sabátido judeu, que não contempla a memória da morte e ressurreição de Cristo.