Além da ascensão de Jesus, depois da sua ressurreição, aos céus (Atos dos Apóstolos 1,6-11), a Bíblia conta que Henoc e Elias subiram para os céus enquanto ainda eram vivos, dando origem a tantas tradições, principalmente em relação a Henoc, que se torna uma grande figura da tradição judaica, que sublinha a piedade do patriarca anterior ao dilúvio.
Gênesis 5,24: Henoc andou com Deus, depois desaparecue, pois Deus o arrebatou.
2Reis 2,11-12: E aconteceu que, enquanto andavam e conversavam, eis que um carro de fogo e cavalos de foto os separaram um do outro, e Elias subiu ao céu no turbilhão. Eliseu olhava e gritava: "Meu pai! Meu pai! Carro e cavalaria de Israel!" Depois não mais o viu e, tomando suas verstes, rasgou-as em duas.
A característica desses dois personagens, "arrebatados" por Deus, é que "caminharam com Ele". Esse é o ensinamento que fica para nós: quem vive aqui assim tão próximo de Deus, fica transformado, é arrebatado ao mundo divino, está em íntima comunhão com o Céu.
É um estado de vida sobre o qual a morte não tem poder. Quem faz a experiência de Deus, de forma radical, sabe que nada no mundo poderá separar-lo de Deus que colocou a semente da eternidade na nossa natureza.
Nesse sentido poderíamos ler as palavras do famoso Dovstoevskij, em "Os Demônios":
"A minha imortalidade é indispensável, pois Deus não cometerá uma iniquidade apagando completamente o fogo do amor, depois dele ter se acendido no meu coração por Ele... Se comecei a amá-Lo e me alegro no seu amor, é possível que Ele apague a minha alegria e nos transforme em nada? Se Deus existe, eu também sou imortal"