Como aprendemos, lendo a Bíblia, Deus escolheu Israel como seu povo; é um povo separado. Uma passagem importante para entender essa escolha se encontra em Deuteronômio 7,7-8:

Se Iahweh se afeiçoou a vós e vos escolheu, não é por serdes o mais numeroso de todos os povos – pelo contrário: sois o menor dentre os povos! – e sim por amor a vós e para manter a promessa que ele jurou aos vossos pais.

Nos interrogamos por que Deus escolheu só o povo de Israel para manifestar a sua glória. E todos os outros povos da terra, que mal fizeram para não conhecer as maravilhas do filho de Deus?

 

Uma questão pedagógica

Pensamos que Deus podia manifestar seu grande esplendor, quase ‘constringindo’ os seres humanos a crer nEle e estender isso a todos os povos. Mas preferiu uma outra estrada, para que fôssemos livres de aderir ao seu amor, para que nos tornássemos verdadeiros interlocutores, criando um diálogo autêntico e sincero com Ele.

Escolhendo o Povo de Israel, Deus quis mostrar que pretende criar uma relação de amor com a humanidade. Além disso, pede da parte da humanidade, o testemunho: Israel tem o papel de ser luz para os outros povos, indicar o caminho.

Te estabeleci como luz das nações, a fim de que a minha salvação chegue até as extremidades da terra (Isaías 49,6).

 

Uma eleição que perdura

A escolha de Israel como povo eleito não foi revocada. Paulo, na carta aos Romanos, coloca essa questão: “Não teria Deus, porventura, repudiado seu povo? De modo algum!” (Romanos 11,1). Todavia, agora a Igreja se tornou o novo povo de Deus, com a missão de dar testemunho ao mundo da salvação oferecida em Cristo, Palavra definitiva de Deus. A salvação, portanto, é oferecida a todos e nós somos convidados a ver nas Promessas feitas a Israel as promessas feitas a cada um de nós, com o dever de sermos testemunhas da mensagem cristã.