A história de Pedro - e de todos os apóstolos - é emblemática, servindo de exemplo para cada um de nós. Todos nós somos "pedros", em relação ao seguimento de Cristo. Estamos tão próximos dEle; somos chamados por ele, pelo nome; caminhamos com Ele, mas muitas vezes O negamos.
Gosto de lembrar da conversa de Jesus com Pedro, como citada em Lucas 22:
Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos". Pedro disse: "Senhor, estou pronto a ir contigo à prisão e à morte". Ele, porém, replicou: "Pedro, eu te digo: o galo não cantará hoje sem que por tês vezes tenhas negado conhecer-me" (Lucas 22,31-34).
Jesus passou os anos de sua missão instruindo os apóstolos para que fossem propagadores da Boa Nova, ensinando que daria sua vida por amor. A radicalidade de Cristo não pode ser acolhida pelos apóstolos. Queriam um Deus com lógicas humanas! Mas a ação divina não segue essas dinâmicas. Não era fácil para os apóstolos aceitar um Deus preso, assassinado pelas autoridades. Eles fogem (Mateus 26,56). Eles precisavam se converter. Não era a espada que podia significar a conversão de Pedro (como conta o evangelho de João, Pedro feriu com a espada um soldado na hora da prisão de Cristo). Era outra atitude dos apóstolos, que queria Cristo. Só depois da ressurreição eles entenderão isso e não escapam mais, não renegam mais a Cristo.