Com certeza a sua salvação não depende do voto que você fez e ela vai chegar se você, com seu modo de agir, seguir os conselhos de Deus e a bênção divina estará sempre consigo, pois não nos abandona nunca. Mas também o seu voto denota certa debilidade na sua fé.
O voto é uma realidade presente também na Bíblia. Lucas em Atos 18,18 conta que Paulo raspou a cabeça por causa de uma promessa feita. Ele coloca a pessoa em íntimo contato com Deus. Todavia é importante distinguir entre voto público e voto privado. O voto público pode ser, por exemplo, a consagração dos religiosos, que se comprometem a vivem em castidade, professando os Conselhos Evangélicos. Esse voto é uma coisa que provoca víncolo, que obrigada a pessoa. O voto privato é uma simples resolução, um propósito, diferente do voto público. Creio que o seu caso trata-se de um voto privado, um propósito e por isso não é inculante quanto um voto público.
Na Bíblia
Em geral, no Antigo Testamento o voto é visto como uma oferta condicional feita a Deus: coisas, animais ou até pessoas. Mas também um culto, uma abstinência e sacrifícios.
O Novo Testamento não apresenta uma recomendação explícita em fazer os votos, embora, como vimos no exemplo citado de Paulo, era uma realidade presente na comunidade nascente.
Teologia e limite do voto
Como já dito acima, a promessa se faz porque existe íntima comunhão; não prometo algo a quem não conheço! Se alguém faz uma promessa a Deus quer dizer que tem uma profunda fé, uma profunda relação com Deus.
Por outro lado, a promessa pode sublinhar a fé em uma aspectativa retribuitiva: faço isso na esperança que Deus me conceda aquilo. Essa atitude demonstra uma visão da relação com Deus como uma relação comercial. Se você é amigo, promete algo simplesmente pelo prazer da amizade, sem esperar que a outra pessoa lhe pague com a mesma moeda.
Em poucas palavras, está bem fazer promessas a Deus com o intuito de sublinhar a amizade, reforçá-la, mas está errado "negociar" com Ele, esperando o seu "presente", a sua recompensa.