Olá Josué Carvalho Elias de Bayeux / PB!

A compreensão do termo cão e de seu uso na época de Jesus, não é tão difícil de compreensão. Seu uso e significado vêm do próprio texto. Penso que o texto nos esclarece o suficiente.

O cão no meio palestinense bíblico, não é um animal domestico como entendemos nos dias de hoje, e da importância que damos o chamando “amigo fiel do homem”, era usado, na caça, acompanhando as caravanas nas viagens, vigiavam os rebanhos, serviam para limpar as imundices e lixos das cidades. E estavam à espreita de alimentos que eram jogados fora, inclusive dilaceravam cadáveres e animais mortos. Por tudo isto, o cão era considerado no judaísmo como um animal impuro, e tocar nele tornaria a pessoa impura.

Lembramos o caso de Jezabel no Antigo Testamento, jogada abaixo da muralha pisoteada pelos cavalos e que os cães a dilaceraram, deixando apenas os pés, braços e o seu crânio. Servindo de sinal, que os órgãos de seu corpo que serviam aos ídolos nem os cães comeram. Seus pés que a conduziam aos santuários pagãos, suas mãos que ofereciam sacrifícios aos ídolos, e sua mente que maquinava o mal, foi despreza dos pelos cães.

Os Judeus chamavam os pagãos de cães, pois eram desprezíveis por Javé, prestavam culto aos ídolos, semeavam a morte por onde passavam, eram seres impuros.

A mulher chamada de cão provavelmente lembra cães já mais próximo das casas, não eram cães selvagens. A mulher, sendo pagã implora um milagre de Jesus dizendo que embora fosse estrangeira, mereceria as migalhas da graça divina.