Na Bíblia não se encontra exatamente isso escrito, mas poderíamos deduzir dos fatos contados relativos aos dois personagens que você menciona.

A vocação de Moisés é contada a partir de Êxodo 3. No capítulo seguinte, na 'conversa' com Deus, Moisés não se acha digno da tarefa de libertar o povo do Egito e, para justificar a sua incapacidade, diz (Êxodo 4,10):

"Perdão, meu Senbhor, eu não sou um homem de falar, nem de ontem nem de anteontem, nem depois que falaste a teu servo; pois tenho a boca pesada e pesada a língua".

 

A vocação de Davi, invés, é contada por 1Samuel 16, quando o profeta Samuel foi até Belém, mandado por Deus, para ungir o substituto de Saul, para ungir o novo rei de Israel. Samuel foi à casa de Jessé e ali, entre seus filhos, devia ungir o futuro rei. Todos os filhos de Jessé se apresentaram, mas nenhum deles era o chamado por Deus. Foi então que Davi, o filho mais novo, que estava cuidando do rebanho, foi lembrado: era ele o novo rei de Israel.

É verdade que Davi não tinha a beleza e a força dos seus irmãos e, além de tudo, era o mais novo entre os filhos de Jessé, coisa que o "desclassificava" de uma possível promoção entre os irmãos. Todavia foi exatamente ele que Deus escolheu. Portanto, talvez seja exagerado dizer que Davi era excluído. Poderíamos afirmar que era um candidato pouco provável, o último a ser considerado, o menor da família de Jessé.