Não concordo muito com sua posição, pois acredito que, como ensinou Paulo, a fé sem obras é morta. É verdade que Cristo morreu por todos e que nEle fomos redimidos, mas é imprescindível a nossa adesão ao seu apelo e a salvação de cada um depende do próprio comportamento. Trata-se de um consórcio entre graça e vida conforme as leis do Senhor.
Aqui entra em questão até mesmo a salvação fora do ambiente cristão. O homem, que tornou em vida graças ao contaco com Eliseu, mesmo se já era morto (encostou nos ossos do profeta), mesmo sem ser cristão (isso aconteceu há muito tempo antes de Cristo), foi salvo. Há pessoas que mesmo sem conhecerem o ensinamento de Cristo, vivem melhor que os cristãos e não podemos dizer que não participarão da recompensa nos céus. É com a própria vida que se abraça a Cristo e a intimidade com ele tem múltiplas expressões. Acredito que todas elas serão premiadas, serão acolhidas por Deus como adesão à sua vontade.
Há também sinais que Deus coloca nas nossas vidas, que servem para nos iluminar e muitas vezes são inexplicáveis. É a graça de Deus agindo, mas ela supõe a natureza, supõe alguém que a acolha e faça com que dê frutos. De fato, Deus não nos trata como bonecos com os quais faz aquilo que quer. Ele nos trata como filhos e, como todo pai e mãe, nos quer felizes: ensina o que fazer para ser feliz, mas a felicidade é consequência das nossas escolhas, depende de nós.