Assim diz Joel 2,1:

Tocai a trombeta em Sião, dai alarme em minha montanha santa!
Tremam todos os habitantes da terra, porque está chegando o dia de Iahweh! Sim, está próximo

O tema central dessa passagem é o dia de Iahweh. A trombreta serve para anunciar a sua eminente chegada; é o instrumento que anuncia o castigo de Israel (veja Isaías 18,3; Oseias 8,1, etc.), a vinda do dia da ira (Apocalipse 8,6-9,21). Mas, ao mesmo tempo, serve para convocar a assembleia, dando também o sinal para a grande reunião dos eleitos no último dia (1Coríntios 15,52).

Os gafanhostos, já citados no capítulo 1 de Joel, simbolizam a destruição, a "devastação vinda de Shaddai" (Joel 1,15).

Os gafanhotos são uma metáfora para o Exército do Senhor, que executam o seu julgamento. Todos podem se livrar desse dia terrível mediante a penitência e a oração.

 

Dia de esperança

O dia de Iahweh, o dia do Senhor pode ser visto como um dia terrível, algo que provoca medo, que assusta. Todavia essa não é a perspectiva correta. Lendo todo o livrinho de Joel, vemos que nos dois últimos capítulos descrevem, com estilo apocalíptico, o julgamento das nações e a vitória de Israel. Portanto, a mensagem de Joel, como aparece em toda a literatura apocalíptica, é de esperança, de vitória e potença do Senhor.

 

Relação com o culto

Alguns exegetas notam a relação de Joel com o culto. Chega-se a dizer que os dois primeiros capítulos são uma liturgia penitencial, que se encerra com a promessa profética do perdão divino.

Essa estreita relação entre o texto e uma eventual liturgia penitencial não parece assim tão clara. De qualquer forma há muita relação com o culto. Inclusive no versículo que você estuda há uma nítica menção ao templo (Sião, Montanha santa).