Lutero foi uma pessoa com muito boas intenções e, em relação à Bíblia, teve o grande mérito de querer entregar a Bíblia nas mãos das pessoas, tirando-a das sacrestias e das mãos da gerarquia. A reforma era algo necessário. É claro que o grande pecado foi a divisão, a separação. O ideal teria sido ter reformado desde dentro, mas nem sempre, como se sabe, isso é possível.
Em relação à Bíblia, obviamente Lutero fez uma escolha discutível, pois decidiu, embora não tenha excluído, os 7 livros ditos deuterocanônicos, escritos em grego e não presentes no cânon da Bíblia Hebraica. Enquanto Lutero fazia essa escolha, a igreja católica decidiu confirmar que tais livros são canônicos, são inspirados por Deus. Isso fez com que se criasse duas bíblias diversas, não exatamente com Lutero, porém mais tarde.