Olá, Ana Amélia de Constantina - PR!

Já muito foi escrito em relação da participação da mulher nas comunidades paulinas. Varias respostas poderás encontrar no elenco das respostas do portal “abiblia” da participação da mulher. Neste caso a orientação Paulina, se dirige a comunidade de Corinto. Os autores supõe que foram várias cartas com diversas orientações pastorais como aparece no texto. Este pensamento paulino tem vários fundamentos que vem do judaísmo (observância irrestrita da lei) e da sociedade.

A mulher nesta época era descriminada, como uma participação mínima na sociedade. Falar em público, prestar testemunho, etc, não se pensava em tarefa que pudesse a mulher exercer.

Jesus tentou quebrar este paradigma de sua época e começou admitir a participação da mulher.

O apóstolo Paulo embora ainda hoje seja rotulado como antifeminista, ele concedeu espaço a inúmeras mulheres a participarem nas comunidades. Os textos bíblicos das cartas nos indicam isto.

Poderás encontrar mais explicações nas respostas que já foram elaboradas pra as perguntas que são dirigidas ao portal. Lembro de uma pergunta:

Qual é a parte da Bíblia que fala que a mulher não pode pregar na igreja?

Pergunta de Gizele Maria Lopes, Campo Grande e resposta de Ivete Holthmam.

Assim Ivete responde (resumo, poderás conferir no portal com os comentários, que também são interessantes)

Em 1Cor 14,34-35 está escrito:

"Estejam caladas as mulheres nas assembleias, pois não lhes é permitido tomar a palavra. Devem ficar submissas, como diz também a Lei. Se desejam instruir-se sobre algum ponto, interroguem os maridos em casa; não é conveniente que uma mulher fale nas assembleias.

Isso era observado nesta comunidade especifica de Coríntios, por outro lado, em Atos dos Apóstolos 21,8-9, quando descreve a viagem de Paulo, diz:

“partimos novamente no dia seguinte em direção a Cesaréia. Entrando em casa do evangelista Felipe, que era um dos sete, lá ficamos.  Ele tinha quatro filhas virgens que profetizavam”.

Profetizar é o mesmo que anunciar uma palavra da parte de Deus, como fizeram os profetas. Com certeza estas jovens não andavam pelas ruas, senão que ensinavam dentro de uma comunidade.

Assim diz o profeta Joel citado nos Atos dos Apóstolos:

“Sucederá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne. Vossos filhos e vossas filhas hão de profetizar... Em verdade, sobre meus servos e sobre minhas servas derramarei o meu Espírito”. (At 2,17-18)

Deus não faz acepção de pessoas para enviar seu Espirito. Tanto homem como mulher podem ter este dom.

 

Concluindo: Quando dizes está lei é só para o povo de Corínto, a compreensão deve ser assim. Corinto era uma cidade portuária Romana, com administração de Roma como normas e leis. Nesta sociedade a mulher era descriminada. Também existia forte contingente de Judeus. Os Judeus seguiam a lei, e segundo a lei, a mulher tinha muito pouca participação, falar em público nem pensar. Existia em Corinto forte contingente de escravos que trabalhavam no porto, sem religião determinada. Assim a expressão povo, que coloca na pergunta, e para designar um pequeno grupo de cristão que iniciavam a vivência da pratica de Jesus em Comunidade. Apesar de Jesus ter colocado iguais condições para homem e mulher, o peso da sociedade ainda influenciava enormemente. Sem entendermos a influência dos usos e costumes de Corinto, não teremos condições de entender a frase de Paulo: “como diz também a Lei”.