A idéia é construir um canal através do deserto do Sinai que pegue a água do Mar Vermelho e salve o Mar Morto de um desastre ambiental, graças a um projeto confiado pelo rei da Jordânia, com o consenso de Israel, ao arquiteto inglês Norman Foster. Tudo isso seria feito para evitar que o Mar Morto seque, visto que nos últimos 50 o seu nível desceu de 20 metros.

O Mar Morto, que está na fronteira entre Israel e Jordânia, se encontra no ponto mais baixo da terra, a 415 metros abaixo do nível do mar.

O objetivo do projeto, que custaria 3 bilhões de dólares, é reequilibrar uma situação que se tornou dramática a ponto tal que a localidade balneária de Ein Gedi se encontra agora longe da água do mar. Atualmente o nível do mar diminui aproximadamente um metro a cada ano, a tal ponto que o terreno às margens dele corre risco de desabar, em certos pontos, prejudicando hotéis e a estrada que costeia suas margens.

Para começar o Banco Mundial colocou a disposição 15 milhões de dólares, que servem para avaliar a viabilidade do projeto. Fontes não confirmadas afirmam que o acordo abrange, além de Israel e Jordânia, também a Autoridade da Palestina. A propósito, um assistente de Simon Peres comentou que a obra, eventualmente realizada com a aprovação dos 3 governos, ajudaria o processo de paz.

O projeto, todavia, tem o parecer negativo dos ambientalistas. Eles dizem que o que causa a diminuição da água no Mar Morto é o uso da água do rio Jordão, que ali desemboca, para a irrigação e para a água de consumo. Segundo dados fornecidos pelos "amigos da terra", menos de 7% da água do rio chega no Mar Morto. Os idealizadores do projeto, porém, afirmam que lungo o canal são previstos diversos dessalinadores, que dariam água potável ao deserto, ajudando também o meio ambiente.