É, de fato, muito importante verificar o contexto onde nasceu um certo livro ou texto bíblico. Isso ajuda de maneira enorme a entender bem o que o autor quis transmitir e nos dá instrumentos para que possamos tirar o máximo 'proveito' do texto. É claro que o texto tem valor em si, mas o conhecimento do contexto é uma riqueza a mais.
Todo o Antigo Testamento foi escrito para os judeus. Isaías quando escrevia não pensava nos cristãos e também o autor de Gênesis. E isso vale para todos os 46 (ou 39) livros do primeiro testamento. O judaísmo é a religião de Jesus e dos apóstolos. Paulo, por exemplo, dizia ser um bom judeu. O que aconteceu depois do evento Jesus é que alguns judeus (e também pagãos), acreditaram que Ele fosse o Messias prometido, o Filho de Deus e, para essas pessoas - assim como para nós, toda a Bíblia passou a ser uma luz que apontava para Cristo. Os judeus, invés, não acreditam que Jesus seja o salvador prometido.
Essa íntima relação entre judaísmo e cristianismo faz com que os judeus sejam nossos "irmãos maiores". Na história houve muita incompreensões, perseguições. E muito pecado foi cometido por causa dessa atitude. Hoje a ferida está sarando e as duas religiões começam a dar passos juntas, sem pretender que os cristãos convertam aos judeus e nem o contrário.