Mateus 5,37 diz:

Seja o vosso 'sim', sim, e o vosso 'não', não. O que passa disso vem do Maligno.

É uma fórmula que aparece parcialmente refletida também em 2Coríntios 1,17-19 e Tiago 5,12 diz praticamente a mesma coisa:

Meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por outra coisa qualquer. Antes, seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não, a fim de não incorrerdes em julgamento.

O contexto dessa frase chama em cena o juramento. Não se deve jurar (veja Mateus 5,33-36)! É também um elemento presente dos dez mandamentos (pronunciar em vão o nome de Deus - Êxodo 20,7).

O juramento chama em causa a divindade, quase querendo atribuir a ela uma ação mágica. O nome divino não serve para uma ação mágica, que mude a vida de quem o implore. É contra isso que admoesta Mateus. A nossa palavra deve ser coerente e não devemos nos apoiar em outras coisas, de maneira garantística, para defender o que fazemos. A nossa palavra deve, em si, ser suficiente, dispensando assim o recurso ao juramento.

Outras duas intrepratações plausíveis a essa frase seriam:

  1. Como veracidade: se é sim, dizei sim; se é não, dizei não;
  2. como sinceridade: que o vosso sim ou não dos lábios corresponda ao sim ou ao não do coração.