Durante o Terceiro Congresso Multidisciplinar sobre Tradução, organizado pela Escola de Tradução da Universidade Intercontinental, México, D.F., em 24 de abril passado foi apresentado por três expositores o projeto de uma nova tradução da Bíblia da Igreja na América.

Em sua apresentação, os três expositores -- Carlos Junco Garza, Francisco Nieto Rentería e Adolfo Castaño Fonseca -- expressaram sua intenção de «construir na grande tradição das traduções antiqüíssimas e modernas da Bíblia, esta nova obra chamada, por enquanto, "a Bíblia da Igreja na América" (BIA)».

Trata-se de um trabalho que começou em 2005 e que se prolongará até 2014. É uma obra eclesial, promovida sob a iniciativa do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (CELAM).

A tradução será feita por pessoas do continente americano. A equipe responsável está constituída por nove pessoas. Também há outras vinte pessoas que colaborarão neste trabalho. A tradução se realiza dos idiomas originais da Bíblia (hebreu, aramaico e grego) ao espanhol.

Os interlocutores ou destinatários desta obra são o público «médio», no cultural e religioso, hispanoparlantes de toda a América.

Os autores tentam «buscar o consenso no espanhol que se entenda, na medida do possível, por todos. Pretendemos conseguir um texto acessível ao Povo de Deus, em uma linguagem "padrão" e compreensível, mas digna literariamente».

Os expositores apresentaram «os grandes critérios de tradução que se sintetizam na fidelidade ao texto original e na fidelidade ao leitor médio, no cultural e religioso».

«Estamos ante um desafio grande por vários motivos -- afirmaram --, entre eles assinalamos três: são textos antigos e, por sua vez, sagrados para nós, além que se trata de buscar uma tradução que sirva para toda a América. Isso nos leva a estabelecer uma série de critérios teóricos e práticos.»

Após esta apresentação, os expositores se enriqueceram com as contribuições, críticas e sugestões feitas pelos assistentes ao painel.