A Universidade Hebraica de Jerusalém anunciou no dia 07 de maio a descoberta no Herodium, a 12 quilômetros de Jerusalém, do túmulo de Herodes o grande, o rei que ordenou, conforme conta Mateus no seu evangelho, o massacre dos inocentes, por medo de perder o seu trono. O Herodium é uma montanha artificial construída para ser uma das fortalezas de Herodes.

A descoberta foi feita pelo professor Ehud Netzer, durante as atuais escavações que se iniciaram em 1972. Todos os arqueólogos concordavam com o fato que no Herodium estava a sepultura do rei da Judéia, sobretudo graças às informações do historiador Flávio Josefo, porém todas as tentativas de localizar o local exata nunca tinham tido êxito positivo. Netzer então decidiu procurá-la em uma parte da colina que até agora não tinha sido explorada.

Entre os restos encontrados, está um grupo de urnas funerárias decoradas, feitas em forma de jarras, que eram usadas para conservar as cinzas dos corpos. Essas urnas têm uma cobertura triangular e são decoradas nos lados.

Entre as ruínas estão pedaços de um grande sarcófago, de aproximadamente 2,5 metros, feito com pedras da região de Jerusalém, decorado com rosetas. Este é considerado o sarcófago de Herodes. Poucos sarcófagos foram descobertos em Israel e foram encontrados somente em monumentos especiais como o Túmulo do Rei em Selah a-Din Street, em Jerusalém. No sarcófogo do Herodium não foram encontradas inscrições, mas provavelmente serão descobertas em breve, na continuação da exploração.

É importante notar que o sarcófago foi quebrado em centenas de pedaços, de forma deliberada. Esta destruição provavelmente aconteceu nos anos 66-72 depois de Cristo, durante a primeira revota dos judeus contra os romanos, quando os judeus conquistaram o local, conforme é confirmado por Flavio Josefo e pelas evidências arqueológicas. Os judeus da revolta odiavam particularmente Herodes e tudo aquilo que era sua obra.

Herodes foi nomeado governador da Galiléia quando tinha 25 anos e em 40 antes de Cristo foi coroado rei dos judeus pelo Senado Romano, reinando por mais de 30 anos. No Herodim contriuiu uma das fortalezas-palácio mais exuberante de todo o império romano. A construção era composta por um palácio, um santuário, um mausoléu e um centro administrativo.

As primeiras escavações foram realizadas em 1956 pelos franciscanos da Custódia de Terra Santa. Depois da guerra dos Seis Dias, em 1972, os arqueólogos de Israel começaram a estudar o local.