O objetivo do ecumenismo é a realização da vontade divina dita por Cristo, em João 17,20-21:

Não rogo somente por eles, mas pelos que, por meio de sua palavra, crerão em mim: a fim de que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.

A vontade divina é a unidade entre os cristãos. A unidade acontece quando todos caminham na mesma direção, embora seja por caminhos diferentes. Realmente o conceito de unidade precisa ser bem visto. A igualdade não é significa automaticamente unidade. Não precisamos ser todos iguais. Pode existir unidade também frequentando diferentes igrejas.

Os católicos são a maioria dos cristãos e podem dar a impressão de querer se impor, querer trazer todos para o mesmo barco. Antigamente, e ainda hoje em muitos lugares, isso provavelmente acontece. Mas, vendo a atitude do Papa Franciso, isto atualmente não é mais uma realidade ideal, almejada, do ponto de vista católico. Há muito respeito pelo outro, por outras igrejas e vontade de estar juntos, buscando a Cristo.

A verdade é que diálogo, base do ecumenismo, só existe quando há uma vontade comum de encontro. Sabemos bem que cada encontro, para ser verdadeiro, necessita de uma renúncia, que depois se revelerá enriquecedora. Estamos abertos ao encontro?

 

Diálogo interreligioso

É importante não confundir o ecumenismo com o diálogo interreligiso. O ecumenismo é o encontro entre as diferentes igrejas, todas seguidoras de Cristo, de religião cristã. O diálogo interreligioso, invés, prevê o encontro com religiões diferentes, por exemplo de cristãos com judeus ou com muçulmanos.

Embora mais fácil o diálogo dentro da mesma religião, não deixa de ser almejável também esse segundo tipo de diálogo, pois todos buscamos a Deus e um concurso nesse caminho pode somente trazer vantagem.