Olá José Carlos de Oliveira de Serra - ES!
Na época de Jesus, já temos conhecimento da descriminação que a mulher sofria no quadro social do Judaísmo.
A mulher não podia ler em público, nem ser testemunha em um tribunal, foi colocada de lado no processo de aprendizagem. Conhecemos que na época de Jesus a menina deveria aprender apenas os preceitos negativos, para evitá-los e os preceitos que diziam a sua condição de mulher. Portanto não tinha conhecimento da Lei muito menos como interpretá-la. Aos meninos cabia o privilégio de aprender a ler e escrever em hebraico. Na Escola da sinagoga aprendiam, a leitura hebraica, e as leis bíblicas. Tudo isto os preparava para a cerimônia Bar Mitzvá ( בר מצוה, "filho do mandamento"), em que se tornavam adultos. Uma de suas obrigações era de capacidade de ler a Torá na Sinagoga diante de todos. A mulher não necessitava de tal cerimônia muito menos de aprender as leis e normas do judaísmo. De nada adiantaria elas conhecerem estes preceitos.
Contraponto com o mundo Judaico contemporâneo.
Hoje se entender que o lugar da mulher no Judaísmo varia muito, isto é segundo o contexto histórico, social, político e religioso. A mulher judaica tem a possibilidade de se expressar em todos os campos da vida cotidiana, desde as diferentes rezas da liturgia até a divisão das tarefas no âmbito público e particular, passando pela liberação da obrigação do cumprimento de alguns preceitos. Muitas mulheres em determinados países hoje atuam como rabinas nas Sinagogas.
Se confirma assim que mudanças do papel da mulher na sociedade e na visão dos movimentos religiosos liberais judaicos permitem a participação igualitária da mulher judia em todos os níveis, inclusive a ordenação de mulheres rabinas. Encontramos mulheres rabinas em muitas cidades da América do Sul, servindo as comunidades. O Brasil é considerado um dos países pioneiros, tanto na formação de rabinas como na contratação delas no serviço religioso.