Uma pessoa que lança tal hipótese pode até ser um pesquisador, tenho porém minhas dúvidas em relação à sua índole como teólgo.
Não conheço esse livro, mas na internet é possível encontrar apologias de parecida ideia (veja aqui, em inglês). No caso do link citado, a principal argumentação vem de Apocalipse 1,15, onde lemos:
Os pés tinham o aspecto do bronze quando está incandescente no forno, e sua voz era como o estrondo de águas torrenciais.
Basear tal hipótese nessa passagem é deixar evidente que não se trata de um estudo fundamentado. Sabemos bem que o autor do apocalipse usa uma linguagem simbólica, principalmente quando se trata de cor. Além do mais, não se diz que os "pés eram negros", mas que eram como o bronze incandescente. Na mesma passagem se sublinha que os cabelos do "vivente", são brancos e que seus olhos eram como uma chama de fogo. O branco é sinal de eternidade e o fogo é um claro apelo à divindade. A presença do bronze não quer sublinhar uma cor em particular, mas o quanto é firme o pé de quem fala com o autor, Cristo.
A aparência de Cristo
Sabemos que Deus se tornou homem, vindo habitar no meio de nós. Tomou nossas características. Se tivesse nascido na África, teria sido negro, na alemanha, branco, com os olhos azuis. Mas ele nasceu na terra de Israel. Por isso a sua aparência é igual a daquele povo, que não é nem negro e nem ariano.
É verdade que, no curso na história, as representações de Jesus foram feitas principalmente na Europa e sofreram a influência das pessoas que ali vivem. É por isso que, muitas vezes, é representado como um loiro, de olhos azuis. Certamente ele não tinha essa aparência. Era como os judeus ou árabes do oriente médio.
Qualquer busca da aparência física de Cristo, que vai além dos princípios indicados acima, são meras especulações.