A cidade de origem de Maria Madalena hoje não existe mais. Existem, porém, as ruínas da cidade helenística-romana de Magdala, às margens do lago da Galiléia, na parte norte do lago. Sob a direção do arqueólogo franciscano Michelle Piccirillo, foram começados os trabalhos de reorganização do local, com o objetivo de preparar o ambiente para ser, futuramente, aberto à visita dos pelegrinos. No local, já na década de 70, foram feitos trabalhos arqueológicos sob a supervisão dos professores do Studium Biblicum Franciscanum, V. Corbo e S. Loffreda. Naquela época foram identificados os principais locais da cidade, sobretudo a praça, a torre para a água, uma grande casa, um ambiente com águas termais, o sistema hídrico muito sofisticado e um mosteiro bizantino, testemunhaça da última fase em que houve pessoas vivendo naquele local.

A etapa de trabalhos concluída no início desse ano consistiu na limpeza do ambiente, tomado pelo mato, e na catalogação gráfica de todos os achados arqueológicos das escavações da década de 70, com a relativa planta arqueológica. Foram também realizados algumas escavações, nas quais encontraram-se várias moedas, muitos mosaicos e algumas jarras da época romana. As descobertas testemunham a presença de habitantes entre os períodos que vão do II século antes de Cristo ao IV século depois de Cristo. Provavelmente a cidade deixou de ser habitada depois de um grande terremoto, no ano 363 d.C.

A urgência dos trabalhos tem a ver com o projeto do município de Migdal, ao qual pertence a área arqueológica, que prevê a desapropriação daquele local, que pertence à Custódia da Terra Santa, instituição católica, para a construção de um estacionamento que serviria a um grande Shopping Center, cuja construção é prevista. Trazer à luz os importantes elementos arqueológicos significa proteger o sítio de eventuais "contaminações" típicas do capitalismo.

Veja as fotos do local